[Numero 3] Casa do Silvers Rayleigh

Dentro da sua cabana, Silvers Rayleigh estava simplesmente sentado à mesa, provando o bolo que tinha feito anteriormente calmamente. Uma sensação lhe ocorreu de repende, a sensação de que o rapaz que tinha entrado no templo do Tridente Sapporo tinha finalmente saído. Aparentemente tinha experienciado tudo o que aquele templo selava, mas suspirou quando percebeu que ao menos o tridente continuava no seu lugar.

"Seria hipócrita de um ermita como eu impedir-lo de obter o tridente, mas ao menos as coisas podem continuar calmas como estão aqui..." considerou ele, como se estivesse falando com mais alguém, levando o garfo mais uma vez à boca.

O jovem de há bocado acabara de ter desmaiado mesmo à porte de Rayleigh, que logo se levantou, deixando o seu preto com a fatia de bolo meio comida. "Parece que vais ter de esperar um bocado" disse ele, enquanto se dirigiu para a porta, recolhendo o corpo inconsciente de Alphonse, deitando-o na cama.

"Não há problema..." respondeu outra pessoa.

"Oh. Finalmente acordaste." reparou Silvers Rayleigh, que estava a lavar pratos juntamente com outra pessoa.

A outra pessoa então se virou para Alfonse, também felicitando o seu regresso ao mundo das pessoas despertas.


"O soninho foi bom?"

"Se as minhas ideias fosse essas não tinha ficado aqui a lavar pratos enquanto esperava que acordasses." respondeu Raven, enquanto se afastava da louça para se sentar. "Tu és uma pessoa dificílima de localizar, primeiro que confirmasse que a tua identidade foi preciso imenso tempo só para perceber que deves estar pior que o filho de um sem abrigo que nunca foi registado no Registo Civil. Única coisa que conseguimos perceber foi que tinhas ligações a uma família de ilusionistas em Konoha por causa de uma rapariga que é vista contigo sempre que há aquelas cenas à Avengers.
Depois a gente pensou, "oh bem... a gente fica de vigia em certos sítios para ver se ele aparece. Bem, o sítio onde está o tridente de Rokudo Mukuro pareceu um sítio provável. Nunca esperei foi perceber que este sítio era mais pessoal para ti do que suspeitava. Isso faz tudo mais interessante.

"Eu tenho pessoas que querem falar contigo. Mas neste momento tu neste estado ainda causas má impressão e ainda vão achar que todo o esforço que fiz para te encontrar foi uma perda de tempo." falou Raven, levatando-se dirigindo-se à porta. "Aproveita ai a hospitalidade do velho Rayleigh, ele não faz perguntas e simplesmente desistiu de interferir com os humanos, por isso é que ele não te impediu de arriscares a sanidade com aquele pau." terminou ele, saltando depois para cima da casa.

O velho dono e morador daquela casa ouvia a conversa entre os dois e por sua vez o pedido do Ilusionista para o ajudar a ficar mais forte, suspirou, não era a primeira nem a segunda vez que isto acontecia, poucos daqueles que voltavam do templo acabavam sempre por fazer o mesmo pedido e a maioria apenas para depois voltar a tentar o tenebroso templo.

-Primeiro de tudo come algo e descansa - disse apontando para a comida da mesa - Acaba de te recuperar e depois pensamos melhor nisso - aconselhou Rayleigh, apesar do desafio do templo roubar bastantes vidas aqueles que começavam a ser ensinados por ele acabavam por desistir ou perder a sua vida durante o treino e antes que isso acontecesse mais uma vez era melhor explicar tudo e avisar das experiencias passadas, mas só quando ele tivesse totalmente recuperado.

"Para já, estou a tentar ter a certeza que não fui a única pessoa que reparou na tua presença aqui." explicou Raven, sem sequer se mover do seu lugar "Tipo, já te perguntaste porque alguém no seu perfeito juízo deixaria um garfo daquele poder abandonado junto à casa de um ermita?

Aliás, aparentemente tu deves saber, afinal de contas parece que conheces muito bem a origem daquela coisa.", terminou ele, sorrindo.

"Hum digamos que andava para te mostrar uma coisa. Eu e os meus associados andamos à meses à procura de uma maneira de causar danos em Masaro, e por isso andamos a tentar investigar aquilo a pente fino. Há pouco tempo, algo me captou a atenção."

Então Raven estendeu a mão, surgido um brilho da palma desta que exebiu um holograma mostrando uma fotografia de um jovem que parecia ter mais ou menos a idade de Alphonse.


"Doppelgänger... é um conceito que muitas culturas consideram como um presságio de morte. Algum comentário sobre isto?"

"Calma calma. Temos tempo ainda. Bem, hum... nós queremos chegar até ao Geofront. É uma espécie de base ultra-secreta que está por baixo da cidade de Masaro, fazendo uma gigantesca cúpula. Tenho tentado chegar lá, mas da última vez que estive por lá acabei por me deparar com aquilo a que a malta de Fuyuki chama de Bounded Field e acabei por me meter numa luta com o Jack. Cabrão do Emmerich andou a meter upgrades nele de propósito para que ele conseguisse caçar os que fugiram.


Bem. Nenhum de nós é assim muito bom com este tipo de coisa e não há muitas Dark Guilds que tenham um currículo tão bom como o teu. Além disso algo me diz que temos objetivos comuns à nossa espera."

"Heh, tu és um miúdo inteligente, tu conheces arranjar alguma ideia." disse Raven "Como já deves ter reparado, tens uma hipótese de tirar a limpo o que anda esse teu Doppelganger a fazer por ai, bem como o que estavas a tentar descobrir quando foste executado anteriormente. Se ainda assim achares que queres alguma compensaçãozinha extra, um dos meus associados era um politico, portanto já se sabe que está cheio daquele doce pilim.

Além disso, nunca se sabe o que mais se pode encontrar... Ou quem."

"Heh, para ser honesto só comecei a por 2 mais 2 enquanto estavas a dormir, o que me deu tento de analisar o que se tinha passado dentro daquele templo e aceder a alguns registos e bases de dados. Aquela treta que os magos chamam de Graal, o conceito de Servants, o desaparecimento do Graal à 50 anos,... a minha intuição diz-me que tá tudo relacionado." Raven até acabou por mostrar mais um holograma, desta vez do mascarado que tinha aparecido perante Jean no dia do ataque do Colosso armado com uma moca "Até mais um desses mascarados apareceu em Masaro à uns dias."


"Quanto a quem respondo... Bem... eu não sei ao certo que te responder em relação. Se ainda tivesse um estômago, diria que dependia do que comia ao pequeno almoço, mas agora acho que posso dizer que sirvo a quem me der na gana. Não... servir não implica o que quero dizer.... eu simplesmente trabalho com quem acho que partilho objetivos. Neste caso, eu quero ver Masaro a arder for shits and giggles."

"Nós temos os nossos recursos. Além de informações que deviam ser do mais classificado sobre o Geofront. Nós somos o produto da mais alta tecnologia de Masaro.


Deus Ex Machina.


Esse era o nome de código para o projeto liderado pelo Doutor Scott Emmerich. Um projeto para reciclar soldados quase à beira da morte transformando-os em máquinas de matar e incorporando uma técnologia muito além da tecnologia das Regalias que tinha provido do projeto Gravity Children. Causalidade Artificial. Raven, Frost, Jack the Ripper, Iron Breaker e outros... cada um de nós foi criado com o objetivo de nos tornarmos Deuses de metal, complementando o projeto Metal Gear, que se propunha a criar bestas capazes de rivalizar com os Bijuus de Konoha.

Só que o senhor Emmerich nunca percebeu como os seus queridos cyborgues ainda mantinham sentimentos, e aquela que era a filha de ouro do projeto, nome de código Justice, acabou por se rebelar e trazer a maior parte dos produtos do projeto consigo. No caminho até conseguimos roubar alguns dos protótipos de Metal Gear. Agora que Masaro anda sempre a levar com gigantes em cima andam sempre ocupados com isso. Tudo o que nos impede de ir a toda a força é o regresso de Goldark, e a hipótese de estarem a preparar mais algo dentro do Geofront. Desde que fugimos que parece que entrou lá alguém que anda a desenvolver um novo tipo de Metal Gear.


Raven então finalmente deu uma pausa, levando a mão à anca. "Foda-se, ainda hoje me esqueço que não tenho pulmões tenho para lixar."