Café Ahnennerbe

Um tópico básico para storytelling sem compromisso. Aqui se pode postar com as suas próprias personagens, ou até personagens antigas.

Eu não te compreendo.

O movimento no Café nunca era excessivo, e isso o tornava um local apropriado para Archer, apropriado por conta do baixo contato humano e ele, como inumano, sentia grande prazer nisso. Mas se sentia desconfortável, e dava para ver em sua expressão. Ele preferia em muito a mesa no canto escuro, que já era reservada para ele e aprontada pelos Nekos sempre que pedisse. Junto, vinho. Ele não conseguia apreciar cervejas, ou vodka, ou whisky, mas sempre estaria a favor de vinho, não importava a cor. Um pouco de sake nas noites ímpares, também.

Mas agora ele estava na luz. Uma cadeira frontal a janela, a luz do sol enchendo aquele local. O Café era suposto mais povoado de noite, outra razão para Archer apreciar o horário diurno. Daqui a nada tardava no pôr-do-sol, e começaria a noite. Era a hora de se retirar.

Tens que compreender? – perguntou o outro, levando a boca mesmo uma cerveja, básica, plebéia, insípida. Quando raios havia se feito aristocrata, coisa que afinal fugira a vida toda? Mas Archer tinha outras regras em pubs, tinha sim, e uma delas se tratava de consumir álcool.

Tenho. Para mim o mundo larga de existir se não o compreender. Seria uma pena, aquelas florestas belas, aqueles calmos lagos, toda a humanidade, perdidas por causa de um Servant bêbado. Então não fazemos sacrifício, e vamos compreender, certo? Eu sou indiferente, a ele, mas um pirata que respirava o oceano deve se importar de o manter.

Eu que não compreendo as coisas que dizes.

Não estou surpreso.

Incomodas, até.

Acredite, não és o único que pensa isso. E nunca pensarás mais do que eu mesmo. Mas vamos tratar de negócios, então?

Olha, Araya. Eu não sou muito esperto, mas sei como arrumar briga.

Embriagado, Eliot? Pois isso lhe traz problemas, visto que eu sou de limpar o caos.

Os olhos de Eliot Igneel brilharam de forma, apropriadamente, ígnea, de chama, com fervor e poder.

Não és tão esperto quanto pensas, Archer.

Eu sei, mas também isso seria fútil. Ninguém pode ser tão genial, neste mundo. Tu saberias, não, Eliot? Aquele que explora os mares?

Nunca conheci ninguém tão...

Cuidado para não excederes sua capacidade de vocabulário, rapaz. Busca uma locução adjetiva se não sabes uma palavra específica.

Eliot bateu os punhos. E, desta forma, por um instante, chamas sólidas e quentes iluminaram o Café inteiro, num golpe, chamando a atenção de todos.

Tu me lembras em bastante número e grau o Kazuma. Outro cão que quer se tornar em dragão. Ou melhor, carpa, já que vives no mar (1)

Eu sou um herói, assim como tu, Araya.

Então não és nenhum herói. Ei! Todos os presentes! Definam a palavra herói para Eliot Igneel e Araya Souren! – e, absurdamente, Archer se ergueu e lançou sua questão para todos que estavam ali.

Spoiler:

-CARALHO EU SINTO A IMENSA VONTADE DE ARMAR UMA CENA AQUI!

Gritava um rapaz que entrava pelo bar a dentro, com cabelo verde e uma espada que parecia uma asa de morcego.

-Ah foda-se... mas será que não podemos andar descançados uma única vez?... a gente decide fazer um hangout e o gajo passa-se logo quando sente o outro... - comentava outro rapaz, este encapuzado com um ceptro na mão que tinha uma caveira com penas na ponta.

-Deixa-lo pintar o canêco à vontade, ele ainda está lixado pela maneira como a história dele acabô - comentou a caveira, que aparentemente falava.

Oh, fuck, um herói. - comentou Archer, dando uma pequena visualização de exatamente o quê se passava em sua mente sempre que citavam heróis. - Foda-se, o Shiki também?

Eu ainda quero aquela luta, Araya.

Vai lá chupar um rabo de dragão. - dispensou o Servant com um movimento de mão. - Briga com aquele, é melhor.

-Alguém falou em heróis?!


Do nada mais um jovem havia chegado, desta vez atravessando o teto. Envolto numa capa preta, com uma katana as costas e uma bandana que seguranva o cabelo preto: - FUYUKIRAISER! OSHITE MAIRU!

-Esperai eu é que sou o Fuyukiraiser seu falso de merda! - respondeu o Shiki de cabelo verde para aquele que se apelidava de super-herói.

-Não me tentarás entar sua imitação barata de Lanterna Verde - retorquiu Fuyukiraiser, que reparou na presença de Archer - Não pode ser! Araiya Souen, aqui mesmo?

Logo o herói pegou na sua espada e apontou-a para o vampiro, falando-lhe como se o conhecesse bem - com que então também chegaste aqui. Vieste acertar as contas da última vez?

... Por que estas saídas para beber sempre ficam estranhas? - perguntou-se Araya Souren, que jogou a cabeça para trás e permitiu-se ficar abalado. - Eu não vou ajustar contas nenhumas, apenas a do meu vinho. E não quero me envolver com malta que anda vestida de collant e obviamente estão em necessidade de masturbar mais. Acho que vou me ausentar.

Nós não acabamos, Souren.

Não tens uma espada igual aquela para livrar-se das suas indecisões sexuais, Eliot?

Archer não era dado a aquele humor baixo por personalidade. Ele sabia que isso apenas aumentava a briga e, na confusão, ele sairia ileso.

Ao ouvir Archer com atenção, algo fez um clique na mente do Fuyukiraiser de katana em punho, que a baixou - peço imensa desculpa pelo meu equivoco, agora que vi que não tens a voz esganiçada tipo à Freeza mas afinal falas como um brasileiro das favelas compreendo que não és o mesmo Araiya Souen que conheço.

Embainhou a espada, e estendeu a mão ao vampiro - o meu nome é Scarlet Shiki, o Phantom Ranger Vermelho.

-Scarlet?
-Shiki?

Os outros dois misteriosos ficaram estupefactos, se bem que logo a reacção do Shiki de cabelo verde se itensificou - CARALHO PRIMEIRO ROUBAS-ME O NOME FUYUKIRAISE E AGORA ROUBAS-ME O VERDADEIRO?! E ASSOCIASTE À FAMILIA DA NEE-SAMA?! QUE MERDA É ESTA TU QUERES IR LÁ PRA FORA OU QUÊ?
-Agora de facto parece que vou mesmo ter de ajustar contas com alguêm - concluiu Fuyukiraiser.

... Favelas. Acho que é o ponto adequado para um aristocrata. - definiu o vampiro, observando aqueles ao seu redor. - Ok, vamos fazer assim. Cada um levanta a mão e diz quem é. Assim. Eu sou Araya Souren, vampiro. E quanto à vocês?

Eliot Igneel, Dragon Slayer do Fogo. - com rancor, o jovem se apresentou.

-Fuyukiraiser, Scarlet Shiki - disse o Shiki de espada.
-Hazama, Nanaya Shiki - disse de seguida o Shiki de cabelo verde.
-Mystogan, Hiraga Shiki - declarou o mascarado.

-Herufimedu, o pau - apresentou-se por fim o ceptro de Mystogan.

Certo. Temos um herói, um assassino, e um... Outro herói que prefere se bancar de Batman com o mistério todo. E um pau açoriano. - concluiu Araya. - Como vai ocorrer briga de certeza, eu vou me sentar ali no canto.

E assim o fez.

Ainda falta definirmos 'herói' e a nossa porrada, Araya. - advertiu Eliot.

Definam vocês.

-OKAY! Vamos então descobrir quem é o verdadeiro Fuyukiraiser! - gritou o Shiki que ainda usava o nome Scarlet, enquanto corria lá para fora com o Shiki que usava o nome da familia Nanaya.
Entretanto o Shiki mascarado, aparentemente o mais calmo, foi-se sentar ao pé de Archer.
-Bem, aparentemente sou o único que não te reconhece nem está a ter ataques de histeria - confessou ele
-Isse é bom, és o únique que consegue ser minimamente discrete.

Também não te reconheço de nenhuma forma. Bem, lasque-se, se houver luta a sério vou ter de intervir. - disse Archer com um ar de obrigação ao invés de vontade. Talvez fosse a forma dele de interpretar aquelas vontades heroicas de uma forma que lhe deixasse mais confortável do que admitir idealismo. - Eliot, por favor, junte-se as carpas.

Eu vou te bater, Araya.

Não tens mesmo nenhuma personalidade, tens?

-Hahaha - riu-se o Shiki mascarado saudavelmente, que começou lentamente a tirar o capuz para ficar mais à vontade, revelando um cabelo curto azul, e uma curiosa tatuagem vermelha que lhe cortava a cara de alto a baixo.



-Invejo o Eliot-kun, ele vem de um tempo mais simples... Vê o meu "eu" que toma o titulo de Hazama, "o limiar", em honra àquilo com o qual se encontrou obcecado sendo a única forma que via para acabar com o seu sofrimento. Ele desceu tanto ao ponto de profanar quem ele mais amava mesmo já estando morto, e sendo apagado da existência por aquele que é agora o seu sucessor. Consigo entender como ele se sente. De certa forma, Eliot-kun não complicando muito, consegue ser mais feliz, aproveitando a sua sorte em não ter estado tão lixado como nós andámos...

Lá fora na rua do metaverso podiam-se ouvir Fuyukiraiser e Hazama a trocar golpes com as suas espadas.

-Não precisas de intrevir, Araiya the Bloodedge-san, pois tenho a certezaq que o Phantom Ranger já entendeu o seu outro eu.

Dois rapazes entraram no café. Os dois loiros, um de olhos azuis, outro de olhos verdes. Um usava patins enquanto o outro tinha uma katana amarrada à cintura. Atrás deles vinham um pequeno bicho azul e um dragão vermelho.

Tanto rapxim nesta casa crl! - Diziam quase em unissom os dois Kazumas, à medida que se deslocavam para o balcão.

Epa venha dai a vodka! - Dizia o de olhos azuis e de Katana à cintura.
Venha o sake! - Dizia enquanto deslizava nos seus patins em direcção ao banco.

Tiveste uma p*ta duma sorte, rapaz, foi escrito anos antes da primeira tentativa suicida do teu criador. - disse Araya para o Dragon Slayer em breve silêncio, o que fez as chamas parecerem menos intensas.

Perdão por não ser tão traumatizado.

Não te preocupas. Graças a Deus, a maioria das pessoas não é tão complexa, e tostando por estas pessoas imbecis que na relação me tornam inteligente, ergo um brinde. - o Servant brindou, e ergueu os olhos para quem vinha, afundando o rosto na mesa. - MERDA! Achei que era Happy Hour, não Hora Super-Homem (1)

Quem são mesmo?

São as personalidades que quase tiveste.

Spoiler:

Os dois Kazumas, recebiam os seus pedidos e começavam a ingerir logo de um trago só.

Que bom! - Voltaram os dois a dizer em unissom. De seguida, também como se de cópias idênticas se tratassem, começaram a mirar todo o bar rapidamente, sendo que um deles deu com um conhecido. O Hiraga dirigiu-se para Shiki e o outro o seguiu juntamente com os seus Pets. - Hei Shiki! Há quanto tempo ainda tás vivo?! A tua irmã ainda está disponível?!

off: três Shikis... qual deles estás a abordar? xD

OFF- Hiraga Shiki? Esse foi inventado agora neh? xD Eu estava a referir-me ao Scarlet Shiki of course.

OFF - O Hiraga Shiki é o do Beta.

Bom, ele não me reconheceu, ainda tenho a chance. - pensou Archer, que em sua mesa se virou para não verem seu rosto e prosseguiu com a bebida.

Numa mesa mais afastada de toda a confusão, num dos cantos do café, estavam dois rapazes frente a frente, poucas palavras diziam. Um deles tinha longos cabelos verdes e olhos de igual cor, o outro tinha traços físicos semelhantes e também um olhar vago, só que tinha curtos cabelos castanhos e espigados, condiziam com o tom da sua íris. Ambos suspiravam, de certo modo pareciam cópias. Olharam desconfiados um para o outro devido à atitude idêntica, já deviam esperar algo de uma relação pai e filho.

- Espero que ela não demore muito mais. -falou o rapaz de cabelos verdes num tom "ofensivo", parecia não gostar da companhia do outro - Não aguento muito mais ficar aqui sem poder matar-te.

- Putz, gostava de ver se conseguias.

Nesse instante alguém entrou pelo café atraindo algumas atenções. Um jovem de vestido azul, longos cabelos loiros e um rosto delicado, os seus olhos reflectiam o azul do mar e do céu, uma mistura excêntrica. A rapariga aproximava-se dos rapazes com elegância, parecia dotada em todos os ramos da cortesia. Assentiu com a cabeça ao dois jovens e sorriu, sentando-se na cadeira ao lado deles.

- Boas tardes. Peço desculpa o atraso. Sou Saber, mas podem tratar-me por Akemi. - apresentou-se com um sorriso.

- Tens a certeza que somos do mesmo criador? - perguntaram os dois ilusionistas em simultâneo, um pouco surpreendidos com aquela situação.

... Não acredito numa coisa destas. Não, espera, até acredito. Se ocorre comigo é mesmo a ver.

Eu gosto de ti, boy. - disse o... urso de peluche.

Queria gostar de mim mesmo também.

Podemos sentar contigo? - pergunta a estranha Mahou Shoujo.

Força.

É tão bom estarmos todos juntos, nya.

Mesmo, desu ~~

Se chegar a Ryougi e o povo do beta já não tenho onde sentar.

Não te preocupes, já estou aqui. - a sensação familiar de névoa surgiu conforme a imagem da assassina surgia.

Eu ouvi dizer que enlouqueceste.

Sou do começo, antes de tudo. Tu que és meu predecessor?

Archer e Ryuogi Shiki se analisaram brevemente.

Eu sou oposto completo tanto de ti quanto do Eliot.

E eu sou oposta completa tua e desta aqui. - lançou um meneio para Sanae, que ficou vermelha de timidez e abaixou a cabeça.

Isto parece a filmografia do Kubrick, cada um é completamente diferente do outro. Tens certeza que temos o mesmo criador?

Não estás a gostar, boy?

De jeito algum. Meninos-dragões, príncipes vampiros cavaleiros do Rei Arthur, serial killers com poderes de anjos da morte, Mahou Shoujo da Halloween, White Mage empregada, familiar gato com poderes de deuses cósmicos, ursos de peluche mafiosos com motoserras tiradas de filmes de horror... Isto não é um elenco de personagens, é uma paródia do Abbott e Costello!

-Isto já está enchendo tanto, já nem conheço metade das... Ryougi-san?!

Supreendido, Mystogan ficou a olhar fixamente para Ryougi Shiki, que no seu universo tinha sido uma das suas possiveis heroínas das três routes que podia seguir.

Eh? Que foi? - disse a Ryougi ao perceber o chamado e olhar transtornado do rapaz sobre si.

Acho que está a te confundir com outra psicopata.

Fixe. - a jovem se levantou sem rodeios e foi ter com o rapaz, acenando. - Yo.

Os dois Kazumas voltaram a farejar o ar. Sentiam várias presenças conhecidas. Outras novas mas poderosas. Os seus pets sentiam o mesmo.

Viemos para o sítio certo! - Diziam os dois novamente em unissom. Seriam eles dotados de telepatia? Ou seriam demasiado iguais para não pensarem o mesmo?

Araya! Eu sei que estás por aqui! - Dizia o Hiraga à medida que movia a sua cabeça de um lado para o outro inspeccionando todo o local.

Desculpem. Prazer em conhecer-vos. Sou Mikura Kazuma e este ao meu lado é o meu neto ou bisneto i dont understand this worlds logic! Hiraga Kazuma. - Dizia o rapaz dos patins vermelhos que fazia uma vénia aos Shikis.

Cão bastardo. Com licença, queridos, vou fazer meu ato heróico do dia e vou ter com ele, para que não tenham de lidar com isso. - disse o vampiro, que se ergueu e, resoluto e resignado, foi ter que o rapaz das chamas. - Que foi agora?