[Hoshikuzo Gakuen Airship] Exterior / Tópico Geral

"-São apenas vocês?.... Não está aqui mais ninguém? o Bêbado ou o rapaz da Alquimia?" - perguntou abaixando o tom de voz a um nível normal afinal não precisava continuar a berrar. No fundo preferia dizer a outras pessoas mas também não queria andar a procura dos outros membros daquele gangue e se eles não tivessem mesmo ali iria apenas largar a bomba e sair já era mais do que deveria fazer.

Kohaku abanou a cabeça a Miya, indicando que não ia abrir a porta agora. "É muito urgente, Judal-kun? É que estamos a meio de algo muito importante. No máximo talvez daqui a uma meia hora nos pudéssemos encontrar no café."

Suspirou aa ouvir a resposta da rapariga, percebia que não estava ali mais ninguém e que elas não iriam abrir e já não iria perder mais tempo.

-" Não é urgente, não podem fazer nada agora... E como não está aí mais ninguém não vou perder mais tempo. " - disse voltando a suspirar antes de fazer o que vinha ali para fazer - " O Jousuke está morto. Bem ee adeus...."

Nada podia ter preparado Kohaku para a bomba que Judal tinha deixado cair, ignorando a cautela que tinha tido até agora, abriu a porta e tentou olhar Judal nos olhos.

"O que se passou?!"

-"Hooo.... Parece que arranjaram um bocadinho de tempo para mim. "- gozou ao ver a rapariga abrir as portas - " O que se passou? Ele estava vivo e depois deixou de respirar o coração deixou de bater. Pelo menos acho que é isso que significa morrer, a não ser que ele não fosse humano e os seus orgões não fossem iguais aos nossos. " - continuou a gozar depois de lhe fazerem perder tanto tempo iria torturadas por isso mesmo que implicasse perder ainda mais tempo.

Judal era assim, gozão, frio e direto. Miya não podia dizer que o conhecia bem mas aquela atitude de gozo era sem dúvida desnecessária. Miya sabia que Kohaku estava a dar o seu melhor por Jousuke, Miya sabia que tudo o que Kohaku queria no fundo era proteger todos para que nada acontecesse novamente. Judal apenas estava a dar cabo de toda a moral de Kohaku... A rapariga iria ficar destroçada se ouvisse alguma coisa mais.

Miya nunca fora muito apegada a ninguém do grupo a não ser Jean e Kohaku, e ultimamente Jack. Mas o facto de Jousuke ter morrido deixava-a triste por Jean que era bastante amigo dele.

-Repete isso... E vais ter com ele. - Miya desembainhou a sua espada e olhou Judal com olhos frios. Não se ouviu nada, não se viu nada, segurava num miserável punho sem uma lâmina. Judal provavelmente deveria saber o que se passava ali. - Não me interessa se para ti tanto faz, não vou admitir que briques assim com os sentimentos de quem se interessa e importa. - baixou a sua espada novamente, mas manteve os mesmo olhos frios - Sem gozos, por favor, o que é que se passou?

Judal espantava-se com a atitude agressiva da exorcista e tentou manter a vontade de rir dentro de si - "O que se passou? O que se passou? Por onde devo começar? Já sei...." - gozou mais um pouco, ele tinha a informação se algo lhe acontecesse seria dificil para elas saber, é claro a não ser que fossem ao concelho e exigissem explicações - " Tudo começou a algum tempo atrás, uma pessoa que o Jousuke gostava morreu, numa tentativa de encontrar o culpado alguém lhe meteu na cabeça que alguém que ele conhece e que já o ajudou era o responsável... Espera vocês já devem saber desta parte, vou passar mais para a frente.... Então... Estava um grande Mago fazendo o seu dever por Fuyuki quando o pobre Jousuke apareceu o interrogou sobre as suas intenções, já falaram durante algum tempo e um requisito chegou as mãos do pobre falecido, envolvia a exploração de um local que sem duvida estava ligado ao Deus do Submundo e consequentemente ligado a pessoa que lhe disseram que era o culpada, o Grande Mago pouco se importava da daquela missão suicida mas lá no fundo não queria ver o pobre órfão morrer sozinho numa jornada e tolos só porque alguém acrescentou a sua paranoia com ideias sem fundação. E bem lá foram os dois em direção à perdição e em pouco tempo os dois foram encontrados e batalharam valentemente, mas não foi suficiente em desvantagem numérica o pobre Jousuke sucumbiu e perdeu a vida. Não existe ninguém para culpar por esta grande perda para a Justiça, afinal o Espectro que o matou apenas estava a fazer o seu trabalho... Quer dizer existe alguém que se pode culpar a pessoa que lhe meteu aquelas ideias na cabeça e é claro o responsável pelo assassinato que até podem ser a mesma pessoa... mas quem sabe? Eu não sei... Vocês não sabem - contou voltando a gozar mais um pouco no fim.

"Podes-te calar agora..." disse a voz fraca de Kohaku, enquanto mantia os punhos cerrados, algo que mais facilmente Josuke faria numa situação daquelas. Era aquilo raiva? Frustração? Kohaku não sabia bem como classificar esses sentimentos, pois era a primeira vez que reagia assim a tamanha má fortuna.
Pois, se fosse a anterior Kohaku, a que tinha sido traída por Nanaya Shiki, fecharia-se de imediato no quarto a chorar baba e ranho a noite toda. Mas de que valeria isso? Jousuke já não estava com eles, Jean e Edward estavam tão longe que qualquer dia a mesma noticia poderia ser dada outra vez. Por isso Kohaku tinha de ser forte. Ela tinha visto como os grandes da Stardust se comportavam, e tinha de seguir os seus exemplos.

"Peço-te que abandones este local agora mesmo." disse ela então, tentando secar a cara das lágrimas que lhe vinham aos olhos com a manga do kimono. "Por enquanto não quero ouvir os detalhes do que se passou, tenho trabalho a fazer."

Ela virou-se, esperando que Miya fecha-se a porta a Judal.

Surpreendeu-se com a pouca violência vinda da rapariga de kimono, achava que qualquer pessoa a não ser que não tivesse qualquer afeto pelo falecido iria não partir para a violência da maneira que ele explicou o acontecido, até a outra rapariga tinha sacado da sua katana só pelas primeiras palavras de gozo do mago.

-" Hmmm... Parece que o meu trabalho terminou. Bem adeus"- disse fazendo uma pequena vênia não uma de cortesia mas sim de tortura enquanto se afastava para deixar aquele lugar

Miya ficou bastante surpresa com a reação de Kohaku. Estava a tentar exceder-se com a sua determinação, estava a tentar suprimir tudo o que sentia mas Miya percebeu que mais cedo ou mais tarde tudo iria desabar. Em sinal de respeito Miya não tomou nenhuma hostilidade perante Judal, bem contra sua vontade.

-Obrigada pela informação..... - não eram bem as melhores palavras, mas saber a verdade era melhor que ficar na ignorância. Seguiu a trás de Kohaku, fechando e trancando a porta a trás de sí, preocupada por ela.